Cris, eu não acredito que você encerrou o capítulo na entrada do elevador, isso não se faz, amiga!!! Mas é isso aí, tem que deixar o leitor com gostinho de quero mais!!! Parabéns!!! Bjus!!!
- Vire a esquerda agora. Depois a direita e ande mais duas em frente! - Você é uma ótima co-pilota sabia? Ele me diz rindo aos montes. Eu coro. E me pergunto o porque? - Humm - eu tento engolir e responder- faço o melhor que posso. Na verdade meu pai me levava para correr por aí em corridas pelo estado país inteiro, então... Ele me olha, olha pra frente, me olha de novo. Eu fico imóvel, imaginando que falei alguma besteira. Era estranha essa sensação de estar falando coisas erradas ou agindo de forma estranha perto dele. - Não...você tá falando sério?? Ele me olha apertando os olhos o máximo que pode. Eu respondo olhando pra frente. - Sim. Por quê? Ele dá uma leve balançada na cabeça e passa uma mão nos cabelos bagunçando eles de vez. - E faz tempo que você não faz mais isso? Eu mordo os lábios e tento não gaguejar. - Sim - dou um leve sorriso - Faz tempo sim. - Nossa, eu nem acredito que você... - É aqui. Pode parar. Eu o interrompo. Ele fica um pouco sem graça, mas não mais que eu. Minhas mãos já suam de pensar em como me despedir dele. Não vai doer, vai? O carro se silencia. Eu olho a multidão do lado de fora, o barulho da música vindo do rádio.. - Então...- eu tento sempre pensar bem, muito bem, antes de falar qualquer coisa pra ele. E isso em faz parecer uma boba - cheguei em casa. Dou uma risada forçada. - É você chegou, sã e salva. Ele me olha nos olhos com tanta intensidade que não retribuir seria pecado. - Obrigada. Eu queria ir, mas não queria. Que dúvida e sentimento mais idiota. Pensei sozinha. Eu tentei tirar o cinto da trava, mas minhas mãos estavam tão descordenadas, que ele teve que me ajudar. As mãos quentes tocaram em cima das minhas frias, geladas. Sinto uma corrente de desejo percorrer minha pele, meu coração passou dos 50 para os 200 Km/h. Livre enfim, abri a porta e desci. Fiquei parada tentando juntar meus pedaços para ir embora dali. O primeiro passo foi o mais difícil, então depois disso, eu fui um pouco mais leve a cada passo. Passei pela recepção do meu apartamento. Sem olhar para trás e sem esperar demais da sorte. Esperando o elevador alguém sem nenhum interesse para mim fica ao meu lado. Minha cabeça e meus olhos estavam confusos. O que foi aquilo tudo? Bobeira minha, só um estranho? Um lindo estranho e um grande cavalheiro devo admitir! Mas assim não estava ajudando muito né. Pense em algo ruim. Ele era metido? A não ser pelo carro não parecia! Era gay? Talvez, não sei.....perdida em pensamentos.. - Oi. Como boa medrosa, dei uma espiadinha pelo canto dos olhos e a risada saiu muito natural. O que mais eu poderia querer, esperar??? - Oi. Me virei para ficar de frente para ele. Ele colocou a mão no pescoço, na barba...pensativo no que iria significar o que ele iria dizer. - Não achou que eu ia embora assim né?? Um sorriso safado iluminou aquele rosto perfeitamente geométrico. O elevador chega. Dou uma rápida olhada em volta para ver se alguém mais iria subir. Ninguém. Perfeito. Ele ainda espera minha resposta. Eu puxo sua mão e entro no elevador, aperto o mais rápido que posso o número 7 e o puxo contra mim na parede do elevador. Ele me olha com um olhar de alívio e me beija com pressa. O quanto aquele beijo significou somente em outras linhas eu posso descrever.