A porta do elevador se abre. Ele se solta de mim e eu fico o olhando por alguns instantes até saber onde e o que eu estava fazendo.
Ele passa uma mão na minha bochecha vermelha e quente de vergonha, ou excitação não saberia ao certo dizer o motivo.
Eu rio sem graça e mordo o lábio e saio do elevador. Ele segura a porta.
Nos olhamos por um longo tempo sem dizer nada. A situação já começava a ficar um pouco estranha, até que alguém teve coragem de abrir a boca para dizer algumas palavras.
- É...posso ver você amanhã?? Ele pergunta com uma voz baixinha e encarando o chão.
Eu êxito um pouco, olho pra um lado, para o outro, como se isso fosse me ajudar a pensar em algo mais gentil pra dizer,enfim estava em busca de um frase lógica pra dizer. Porque tudo parecia sumir sob meus pés, minhas mãos ficavam cada vez mais geladas, minha voz falhava e isso quando as palavras resolviam dar vida em minha voz.
- Isso é um não?? Ele me olha com os olhos felizes e também um pouco receosos esperando uma resposta.
- Claro. Foi tudo que eu consegui dizer,balançando a cabeça.
- OK. Ele tira a mão da porta do elevador que começa a fechar, mas isso não o impede de ainda colocar a cabeça de lado e dar um piscadinha.
Minha reação foi só um suspiro, profundo e apaixonado.
Dou um riso histérico com o que passa pela minha cabeça. Apaixonada??? Eu só posso estar numa fase "péssima" mesmo. Apaixonada assim, de repente, do nada??? Raciocine hã!!!
Vou para meu apartamento,fecho a porta e meu telefone toca.
Era um grande amigo, Carlos.
- Oi...sumida. Aleluia. A Rachel ligou várias vezes no seu celular,cadê você??
- Eu...
- Eu sei,eu sei..dâââ. Você está em casa, você atendeu o telefone..rsrs
Rimos juntos.
- Tá lembrada né, ás 10 a gente passa aí te pegar. Hoje é meu dia de não beber,lembra ......
E a conversa dura mais uns 20 minutos,passando o telefone de mão em mão.
Ás 9:50 estou pronta e meu celular toca com uma msg que estão lá fora me esperando.
- Cris, qual o caminha mais perto, para o teatro?? Carlos me pergunta.
Indiquei e fomos todos assistir uma peça que parecia ser muito divertida.
Encontramos muitos amigos em comum, a noite até então parecia ótima.
Naquele tumulto todo de gente pra lá e pra cá, vejo uma coisa bem curiosa.
Dou dois passos pra trás, para ter certeza que não estava imaginando coisas. Meus amigos pararam para me esperar.
O lindo homem de olhos puxados estava lá com um terno lindo preto, com cabelos bagunçados e com uma linda oriental do lado.
Você já teve a impressão que de em raras vezes você já esteve no lugar certo e na hora certa?? Essa foi uma das ocasiões para mim. Apesar do tumulto que havia, as pessoas conseguiram abrir uma breve exatamente entre meu olhar e o dele. Ele com a mão na cintura da mulher muito bonita e o meu se cruzaram.
Meu impulso foi muito mais brando e estranho do que eu imaginava.
Ele endureceu o corpo quando me viu, sua boca ficou um pouco inquieta. Mas eu, em uma estranha reação fiquei ali olhando e retribui o olhar com um sincero sorriso e balancei a cabeça em sinal de cumprimento.
Uma amiga me puxa pelo braço e eu vou para dentro do teatro, evitando olhar para trás para ele e para os flashes que estavam neles.